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Após encerrar setembro com valorização de quase 9%, a bolsa brasileira terminou o primeiro pregão deste mês no vermelho. O movimento foi influenciado pelo clima de cautela externo. No final dos negócios, o Ibovespa perdeu 1,72%, aos 60.459 pontos. O giro financeiro da bolsa fechou em R$ 5,28 bilhões.

O comportamento do índice foi puxado principalmente pelas ações preferenciais da Petrobras e Vale, que encerraram em queda de 2,15% e 2,54%, respectivamente.

Ainda entre as blue chips, os papéis preferenciais da Gerdau recuaram 2,69%, vendidos a R$ 23,11 e os preferenciais da Usiminas registraram queda de 1,86%, negociados a R$ 45,84.

Já as ações do setor bancário finalizaram com tendência mista. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco subiram 0,47%, para R$ 35,85, enquanto que os preferenciais do Bradesco tiveram declínio de 0,62%, cotados a R$ 35,03.

Na visão de André Perfeito, economista da Gradual Corretora, os investidores estão antecipando o movimento de sexta-feira. "O mercado está se preparando para os dados do mercado de trabalho norte-americano que serão divulgados amanhã. Existe uma desconfiança muito grande de que os números não virão bons, coisa que algumas figuras do governo já andaram falando por aí", acrescentou.

O economista ponderou ainda que a pesada agenda econômica norte-americana de hoje não teve tanto peso nos negócios. O índice que avalia os gastos dos consumidores (PCE, na sigla em inglês) subiu 1,3% em agosto deste ano, ante o mês anterior. O dado ficou acima do que os analistas esperavam (em torno de 1,1%).

Outro dado foi o gasto com construção. O indicador avançou 0,8% no oitavo mês deste ano, ante o mês anterior, somando US$ 941,9 bilhões. Enquanto isso, os contratos de compra e venda de casas no país avançaram 6,4% em agosto, ante julho. Ambos os indicadores vieram acima das expectativas dos analistas.

No entanto, a atividade na indústria norte-americana desceu para 52,6 pontos em setembro de 2009, enquanto que no mês anterior marcou 52,9 pontos. O mercado projetava uma pontuação de 54.

Os agentes também acompanharam o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), em que o órgão afirmou que a recessão mundial chegou ao fim. Segundo os novos cálculos, o mundo sofrerá uma contração em 2009 de três décimos menos que o previsto em julho, até 1,1%.

(Déborah Costa - Agência IN)