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Mesmo com muitos analistas esperando uma realização de lucros, devido a alta expressiva dos últimos tempos, a bolsa brasileira por mais uma sessão terminou com ganhos. O movimento de hoje foi puxado pela valorização das commodities e por notícias corporativas. Ao final dos negócios, o Ibovespa teve alta de 0,93%, aos 61.493 pontos, registrando mais uma pontuação recorde em 2009. O giro financeiro da bolsa ficou em R$ 5,84 bilhões.

"A bolsa brasileira está impressionante, com forte fluxo de investidor estrangeiro e institucional. Hoje, o dia foi das ações ligadas às commodities, principalmente da Vale", avalia Luis Gustavo Medina, economista da M2 Investimentos.

Os papéis preferenciais da mineradora brasileira encerraram com valorização de 2,54%, vendidas a R$ 37,02, enquanto que os ordinários subiram 2,67%, a R$ 41,77.

De acordo com Medina, os investidores repercutiram a declaração de que Eike Batista considerou a aquisição de uma fatia na mineradora Vale. A imprensa brasileira revelou há alguns meses que o executivo mantém conversações com os principais acionistas da Vale, incluindo o braço de participações do Banco Bradesco, Bradespar, e o fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil (BB), para comprar parte de suas participações na mineradora.

Com isso, as ações da MMX Mineração e da Bradespar finalizaram o pregão entre as maiores altas do Ibovespa. As ordinárias da primeira tiveram expansão de 6,43% e as preferenciais da Bradespar subiram 2,78%.

Dentre as blue chips, os papéis preferenciais da Gerdau terminaram em alta de 0,81%, para R$ 24,70. Já os preferenciais da Petrobras registraram leve alta de 0,66%, negociados a R$ 34,83. As ações da petrolífera acompanharam o desempenho dos preços do petróleo no mercado internacional, quando o barril vendido em Nova York e Londres subiram 2,6%.

Outros destaques positivos da sessão foram as ações ordinárias da Rossi Residencial, com incremento de 8,27%, e as ordinárias da Cyrela, que cresceram 3,10%. Ontem, a Cyrela Brazil Realty apresentou à Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) pedido de análise prévia do registro de distribuição pública primária de ações ordinárias.

Ainda por aqui, no final dos negócios, a agência de classificação de risco Moody's elevou os ratings de dívida do Governo do Brasil em moeda local e estrangeira do grau especulativo "Ba1" para "Baa3", patamar inicial para créditos com grau de investimento. A perspectiva para os novos ratings é positiva.

De acordo com a agência, a elevação reflete o reconhecimento pela Moody's de que a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de resposta das autoridades, aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil.

Nos Estados Unidos, os investidores acompanharam alguns dados sobre a economia. A atividade manufatureira de Richmond ficou inalterada em setembro deste ano, ao registrar 14 pontos. Já o índice de preços de imóveis norte-americanos (House Price Index, em inglês) cresceu 0,3% em julho de 2009, com ajustes sazonais, na comparação com o mês anterior. O dado de junho foi revisado para baixo, passando de uma alta de 0,5% para 0,1%.

Além disso, os agentes seguem atentos ao início da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre a decisão de política monetária, que pode trazer algum indicativo sobre a economia.

(Déborah Costa - Agência IN)