Depois da
divulgação de um
Produto Interno Bruto
(PIB) acima das expectativas no segundo trimestre, algumas
equipes de análise optaram por recomendar ações de empresas que
combinam exposição à economia doméstica e boa gestão. Há ainda
indicações de companhias que podem protagonizar uma operação de
fusão ou aquisição. Outro destaque foi
Petrobras
(BOV:PETR4), que foi incluída na carteira do
Santander e passou a fazer parte de sete carteiras
no total.
A empresa de turismo CVC (BOV:CVCB3) foi uma
das escolhas do Bradesco. Os analistas lembram que
o setor de varejo teve um dos melhores trimestres dos últimos anos
e a crença é de que o ambiente macroeconômico esteja ficando mais
favorável ao consumo, graças ao declínio da inflação, à melhora da
confiança e à redução dos juros. “Além disso, temos visto que as
empresas com produtos de maior tíquete médio e em que há demanda
reprimida, como a CVC, estão passando por uma fase ainda mais
forte”, justificam.
A Klabin (BOV:KLBN11) também entrou na
carteira do banco. Além de ser beneficiada pela recuperação dos
preços e commodities na China, a fabricante de papel ondulado e
sacos industriais deve ser favorecida pela recuperação gradual da
atividade econômica do País e pela consequente retomada da
indústria.
Já o Santander indicou MRV
(BOV:MRVE4) e Petrobras. Sobre a construtora, os analistas
do banco dizem que, apesar das dificuldades do setor de construção,
tem apresentado bons resultados e se posicionado como uma
referência em execução. “Vemos a desvalorização atual da ação
descasada do momento da companhia. A baixa alavancagem permitirá
entregar crescimento de lucro de 25% em 2017 na comparação anual”,
diz o time de análise.
Eles lembram ainda que, por causa da crise econômica, a MRV
reteve caixa para formar um colchão de liquidez. “O reaquecimento
do mercado imobiliário permitirá à companhia se desfazer de parte
deste colchão de liquidez, que deve ser distribuído sob a forma de
dividendos a médio prazo. Projetamos uma distribuição
extraordinária de R$ 400 milhões em dividendos para 2018, além do
montante mínimo”, explicam.
A respeito de Petrobras, dizem acreditar que o processo de
venda de ativos e a nova política de preços de combustíveis sejam
alguns dos fatores positivos para a companhia.
O Citi, por sua vez, incluiu Suzano
(BOV:SUZB5) em seu portfólio. O time de análise citou
otimismo com os fundamentos de curto prazo para os preços da
celulose, expectativa de melhora na governança corporativa com a
possibilidade de migração para o Novo Mercado e
perspectiva de que a companhia faça parte de alguma operação de
fusão e aquisição.
A Ser Educacional (BOV:SEER3) foi a indicação
da Coinvalores. “Após a confirmação do novo marco
regulatório do ensino a distância, a companhia anunciou um
agressivo plano de expansão de polos de ensino nesse segmento, o
que vemos de forma positiva para sua rentabilidade e geração de
caixa. Além disso, sua confortável situação financeira também
permite que movimentos de consolidação de mercado”, diz o time de
análise.
A Magliano indicou a Cemig
(BOV:CMIG4), empresa que tem conseguido reduzir o
endividamento e pode ser beneficiada pela venda de ativos, e
Carrefour (BOV:CRFB3), citando sinais de melhora
da atividade econômica. Esse também foi um dos motivos que levou a
Terra Investimentos a recomendar a empresa de shopping centers
BRMalls (BOV:BRML3), que tende a ser beneficiada
pela inflação sob controle e pela queda da taxa de juros.