Um dia após receber o selo de grau de investimento pela agência de classificação Moody's, o mercado de câmbio titubiou nas primeiras horas do dia, mas assumiu tendência depois da conclusão da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). O dólar fechou o pregão em queda de 0,50%, vendido a R$ 1,789.

Ratificando as expectativas, a autoridade monetária norte-americana manteve a taxa básica de juros entre zero e 0,25% e reafirmou no comunicado que as condições da atividade econômica melhoraram, assim como os mercados financeiros e o setor de habitação. O Fed reafirmou ainda a aquisição de US$ 1,25 trilhão em hipotecas lastreadas e até US$ 200 bilhões de títulos de dívidas. Segundo a instituição, o ritmo das compras será reduzido para que o programa se cumpra até o fim do primeiro trimestre de 2010.

Por aqui, a Moody's foi a quarta agência a colocar o Brasil como grau de investimento. Entre abril e maio de 2008, a Standard & Poor's, DBRS e Fitch elevaram as notas de crédito do País. Segundo Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK corretora, o selo reafirma os bons fundamentos macroeconômicos e a situação confortável do País neste período de saída da crise.

Para Francisco Carvalho, gerente da corretora BGC Liquidez, o câmbio deve testar um nível ainda mais baixo diante das perspectivas de fluxo. É esperado a abertura de capital da Casa da Pedra da CSN e a captação do Santander.

Os investidores também acompanharam os dados sobre a movimentação cambial na semana passada. O Banco Central informou que comprou US$ 1,638 bilhão, volume bem superior ao adquirido na semana anterior (US$ 313 milhões).

Na avaliação Carvalho, a tendência é de que o BC continue comprando no mercado à vista, a fim de reduzir a volatilidade do câmbio e reforçar as reservas internacionais, hoje em US$ 223,1 bilhões. Aliás, foram exatamente os estoques de moeda estrangeira que permitiram ao Brasil sair em boas condições da crise.

Carvalho também chama atenção quanto ao volume de negócios. "A perspectiva de retomada da atividade econômica mundial tem contribuído para que o volume volte a patamares antes da crise", finaliza.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

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