SANB4 Banco Santander Brasil SA

A memória do investidor está fraca e o medo sumiu. Esta é a afirmação do operador sênior da TOV Corretora, Julio Mora. Um ano após enfrentarem a maior crise financeira mundial desde a década de 30, os mercados financeiros se mostram otimistas quanto à melhora da atividade econômica.

Segundo Mora, o momento mais turbulento da recessão global já ficou para trás e a tendência agora é de sucessivas boas notícias. "Os mercados externos estão de ótimo humor, as commodities todas em alta - incluindo o petróleo - e as ações das Siderúrgicas sobem - pois o Bank of America deu um upgrad para as empresas do setor nos Estados Unidos. Todas essas e mineradoras subindo muito bem. Mercados excitados, fluxo entrando, entusiasmo em alta. Parece que ninguém esta muito aí para riscos. A memória está fraca e o entusiasmo prevalece", destaca Mora, ressaltando que diante deste cenário, nada segura a subida da bolsa.

Diante deste cenário, os investidores tem migrado paulatinamente para a renda variável. E não bastasse todos esses motivos, ontem veio mais um: O anúncio de elevação do Brasil para grau de investimento pela Moody's, única instituição de rating que ainda não dava esta classificação ao País.

Nos últimos dias, os investidores têm operado na expectativa pelo abertura de capital (IPO) da Casa da Pedra da CNS. "A perspectiva é de que a operação movimente mais de US$ 2 bilhões e deve ser muito boa para a CSN", avalia Mora. Já a Cyrela deve pesar um pouco, pois anunciou que tem intenção de fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA). "Toda vez que uma empresa anuncia uma OPA, a tendência do papel é pesar um pouco e cair", lembra.

No mais, o especialista lembra que o investidor tem até hoje para alocar o pedido para os IPO da Tivit e a OPA da MULTIPLAN. As próximas semanas reserva a OPA da Rossi e o IPO do Santander.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)