Petrobras: Santander eleva recomendação para as ações negociadas na B3 e para os ADRs
August 28 2024 - 9:35AM
Newspaper
Após o Morgan Stanley ter elevado a recomendação no começo desta
semana, na noite da terça-feira (27) foi a vez do Santander elevar
a recomendação para as ações negociadas na B3 e para os ADRs
(recibo de ações negociados na Bolsa de Nova York) da
Petrobras.
O banco elevou o preço-alvo para PETR3 de R$ 43 para R$ 54 (ou
potencial de alta de 28%) e do ADR PBR (equivalente ao ON) subindo
de US$ 17 para US$ 20 (ou potencial de alta de 29%).
Os analistas elevaram a recomendação com base em perspectiva
renovada de sua estrutura de capital e, portanto, potencial
extraordinário de dividendos. Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz,
analistas que assim o relatório, ressaltam que o plano estratégico
(PE) 2025-2029 da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), normalmente
divulgado no quarto trimestre (4T), poderia abordar as preocupações
anteriores dos analistas de uma estrutura de capital excessivamente
rígida, potencialmente por meio de: (i) um ajuste no teto da dívida
bruta e (ii) mais clareza sobre a posição de caixa mínim.
Além disso, também acreditam que o novo plano de negócios
poderia incluir capex (investimentos em capital) ajustado para
2025, outro ponto positivo, na opinião do banco.
Embora o Santander siga com a projeção dos próximos doze meses
(NTM) do dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) em cerca
de 13%, agora incorpora cerca de US$ 3,5 bilhões em dividendos
extraordinários para 2025, levando a projeção do rendimento de
dividendos esperada para o próximo ano para cerca de 12% (acima da
média das principais empresas globais de cerca de 10%, segundo a
Bloomberg).
Além disso, as ações estão sendo negociadas a cerca de 3,6 vezes
o EV/Ebitda (EV = soma do valor de mercado das ações com a dívida
líquida/Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações) esperado para 2025 (cerca de 25% de desconto em
relação à sua média histórica de 10 anos), com um momento sólido
apoiado por uma recuperação gradual da produção no segundo semestre
de 2024 (2S24) e potencial de licenciamento de Margem Equatorial,
apoiando a sua visão otimista.
O banco espera que o próximo plano estratégico da Petrobras forneça
mais flexibilidade à sua estrutura de capital, o que era uma
preocupação principal para os analistas, dadas as adições
significativas de FPSOs (plataformas) de arrendamento nos próximos
trimestres.
“Estávamos preocupados com a empresa ter que reduzir a dívida
financeira bruta para absorver arrendamentos adicionais e essa
estrutura de capital rígida nos impediu de assumir dividendos
extraordinários em 2025, pois esperávamos que a Petrobras usasse
capital para reduzir a dívida financeira, deixando menos espaço
para dividendos extraordinários”, avaliam os analistas, que veem
resolução das preocupações com a estrutura de capital no próximo
plano.
Para Almeida e Muniz, três mudanças importantes no plano seriam
bem-vindas pelo mercado: (i) um teto de dívida bruta ajustado (os
analistas acreditam que entre US$ 70-75 bilhões é razoável, o que
poderia permitir mais arrendamentos; (ii) mais clareza em relação
ao caixa mínimo/alvo versus sua posição de caixa de referência, o
que poderia “desbloquear” US$ 2-3 bilhões em seu modelo; e (iii) um
ajuste de capex para 2025, especialmente dado o capex recentemente
revisado para 2024 (cerca de US$ 13,5-14,5 bilhões) e a crença de
que ele só pode aumentar o capex em cerca de 20-30% na base
anual.
“No geral, essas mudanças devem se traduzir em (i) mais
flexibilidade na estrutura de capital e (ii) mais espaço para
dividendos extraordinários em 2025”, apontam os analistas.
Informações Infomoney
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Historical Stock Chart
From Dec 2024 to Jan 2025
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Historical Stock Chart
From Jan 2024 to Jan 2025