A Gerdau reportou lucro líquido de R$ 3,215 bilhões no primeiro
trimestre de 2023 (1T23), montante 9,4% superior ao reportado no
mesmo intervalo de 2022 e acima dos R$ 2,1 bilhões esperados pelo
consenso Refinitiv.
O lucro líquido ajustado foi de R$ 2,388 bilhões nos primeiros
três meses de 2023, uma redução de 18,8% na comparação ano a
ano.
A Gerdau explica que “este desempenho reflete uma demanda
estável por aço nos primeiros meses do ano, bem como a resiliência
dos nossos modelos de negócios, além do mindset ágil e inovador da
companhia, centrado nos desafios e necessidades de seus clientes e
demais stakeholders”.
O Ebitda – lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado
totalizou R$ 4,322 bilhões no 1T23, um recuo de 25,8% em relação ao
1T22, mas acima do consenso Refinitiv, que esperava Ebitda de R$
3,9 bilhões.
A margem Ebitda ajustada atingiu 22,9% entre janeiro e março
deste ano, queda de 5,8 pontos percentuais (p.p.) frente a margem
registrada em 1T22.
A receita líquida somou R$ 18,872 bilhões no primeiro trimestre
deste ano, uma baixa de 7,2% na comparação com igual etapa de 2022
e abaixo dos R$ 19,2 bilhões esperados pelo consenso Refinitiv.
A produção de aço bruto foi de 3,0 milhões de toneladas no 1T23,
4,2% superior em relação ao 4T22 e 12,3% abaixo do mesmo período no
ano anterior. O nível de utilização da capacidade de produção de
aço bruto foi de 71% e reflete uma maior demanda para o trimestre,
principalmente na ON América do Norte.
As vendas de aço no 1T23 foram de 3,0 milhões de toneladas,
11,5% superiores na comparação com o 4T22 e 2,5% inferiores com
relação ao 1T22.
O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 3,629 bilhões no primeiro
trimestre de 2023, uma diminuição de 30% na comparação com igual
etapa de 2022. A margem bruta foi de 19,2% no 1T23, baixa de 6,3
p.p. frente a margem do 1T22.
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA)
totalizaram R$ 538 milhões no 1T23, 8,8% acima do 1T22.
O resultado financeiro (receitas financeiras, despesas
financeiras, variação cambial líquida, atualização de créditos
tributários e ganhos (perdas) com instrumentos financeiros,
líquido) foi positivo em R$ 100,1 milhões no primeiro trimestre de
2023.
Investimentos e dívida
No 1T23 os investimentos (capex) somaram R$ 954 milhões, sendo
R$ 667 milhões destinados à Manutenção e R$ 287 em Expansão e
Atualização Tecnológica. Do total de desembolsos do trimestre,
aproximadamente 48,8% foram destinados ao Estado de Minas
Gerais.
O fluxo de caixa livre do 1T23 foi de R$ 2,698 bilhões, reflexo
da importante contribuição do Ebitda, aliado à disciplina nos
investimentos de CAPEX e capital de giro.
Em 31 de março de 2023, a dívida bruta da companhia era de R$
12,261 bilhões, uma retração de 4% na comparação com a mesma etapa
de 2022.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida
líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,31 vez em março/23, alta de
0,11 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.
Os resultados da Gerdau (BOV:GGBR3)
(BOV:GGBR4)
referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram
divulgados no dia 03/05/2023.
Gerdau e Metalúrgica Gerdau aprovam o pagamento de
proventos
Os conselhos de administração das empresas Gerdau e
Metalúrgica Gerdau aprovaram o pagamento de proventos.
A Metalúrgica Gerdau vai pagar dividendo e juros sobre capital
próprio.
Já a Gerdau vai pagar juros sobre capital próprio.
Segundo as companhias, o pagamento constitui a antecipação do
dividendo mínimo obrigatório referente ao exercício social em
curso.
Teleconferência
O grupo siderúrgico Gerdau está discutindo internamente um novo
pacote de investimentos de 5 bilhões de reais em Minas Gerais,
afirmou o presidente-executivo da companhia, Gustavo Werneck, nesta
quarta-feira.
“Não vai fugir muito daquilo em que temos investido nos últimos
anos”, disse Werneck em conferência com jornalistas sobre os
resultados da empresa no primeiro trimestre.
Segundo ele, o prazo do investimento seria até 2030. O pacote
anterior de investimentos em Minas Gerais, que concentra
importantes operações da Gerdau, foi anunciado em 2019 no valor
também de 5 bilhões de reais e já teve boa parte realizado, disse o
executivo.
Os investimentos avaliados no novo pacote, disse Werneck,
incluem as áreas de mineração, siderurgia e energia, com destaque
para melhorias ambientais das operações, além de ampliação da base
florestal da empresa no Estado.
Em mineração, em que a empresa segue com a visão de produzir
apenas para consumo próprio, a Gerdau quer eliminar o uso de
barragens de rejeitos e eventuais danos ambientais causados pela
atividade, sendo “estado da arte” na área, disse o executivo.
Já a usina siderúrgica em Ouro Branco (MG) seguirá na estratégia
de migrar operações de semiacabados de aço para produtos acabados,
afirmou Werneck. “Investimentos para a gente agregar valor de Ouro
Branco vão estar presentes no futuro”, disse ele sem dar
detalhes.
Atualmente, a Gerdau está investindo na construção de um
laminador de bobinas a quente em Ouro Branco, que tem previsão de
entrar em operação em 2024.
“Vamos ampliar maciço florestal, crescendo terras e plantação de
eucalipto”, disse o executivo, explicando que a Gerdau usa a árvore
para reduzir o consumo de carvão em seus fornos, diminuindo com
isso emissões de CO2 na produção de aço.
Werneck também citou foco da companhia em investimentos em
energia solar e eólica, para reduzir o impacto das operações de
produção de aço com sucata, que são intensas em consumo de
eletricidade. “Vamos investir em parques e fazendas eólicas e
solares no Estado de Minas Gerais, que tem uma característica muito
adequada como corredor solar e de vento”, disse.
Mais cedo, a Gerdau divulgou queda de cerca de 19% no lucro
líquido ajustado do primeiro trimestre na comparação anual, a 2,39
bilhões de reais, e recuo de 25% no Ebitda ajustado, em desempenhos
melhores do que o mercado esperava.
Werneck afirmou que, atualmente, a demanda brasileira por aço
não preocupa a Gerdau, embora a entidade que representa o setor,
Aço Brasil, tenha reduzido há cerca de duas semanas projeção de
vendas da liga no país este ano, para queda de 0,7%.
“A preocupação (sobre a demanda brasileira) está forte
demais…apesar de alguns segmentos estarem com mais dificuldades que
outros”, disse o presidente da Gerdau, citando como exemplo as
montadoras de veículos. “Neste momento, há oito produtoras de
veículos pesados e leves paradas” no Brasil, disse.
“Mas quando se olha para o setor de construção, que é a grande
preocupação, ele está muito resiliente. Estamos com nossa carteira
de corte e dobra tomada até o final do ano. Tem havido lançamentos.
No geral, demanda (por aço) não é uma questão no Brasil”,
acrescentou, citando porém problemas para recuperação de
rentabilidade das operações siderúrgicas. “Nosso foco no Brasil não
é tanto demanda, mas recuperar a rentabilidade.”
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
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