Bradesco prevê receber mais de R$ 500 milhões em pedidos de financiamento durante a 16ª edição da Bahia Farm Show
June 02 2022 - 2:29PM
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O Bradesco prevê receber mais de R$ 500 milhões em pedidos de
financiamento durante a 16ª edição da Bahia Farm Show. “Percebemos
um aumento substancial nas intenções de financiamento. Maquinários
e insumos tiveram relevante aumento de preços, que traz volume
maior de intenção de negócios. Estimamos crescimento de 30% a 40%
em volume de intenção de negócios em relação à edição de 2019, que
foi de R$ 350 milhões”, disse o diretor de Agronegócios do
Bradesco, Roberto França, ao Broadcast Agro .
Segundo França, o banco observa, historicamente, conversão das
intenções para pedidos de negócios de aproximadamente 50%.
“Procuramos dar celeridade na aprovação do pedido e tentamos
aprovar o máximo que podemos dentro da receita agrícola do produtor
em uma política agressiva de crédito”, apontou.
Entre os maiores interesses do agricultor baiano, França cita a
renovação de frota de máquinas e equipamentos a irrigação. “O
produtor olha todas as oportunidades para melhorar produtividade
seja para algodão, milho, pecuária ou hortifrúti”, disse
França.
O Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) está entre os cinco
principais financiadores do crédito rural do oeste baiano, de
acordo com seu diretor de Agronegócios. Ele estima que na região o
banco tenha participação de mercado no crédito rural semelhante a
que possui no Brasil, em torno de 10%. “Dentre os bancos privados,
somos o principal financiador da região”, pontuou. No Brasil de
forma geral, o Bradesco estima que sua carteira de crédito rural
deva crescer cerca de 20% a 25% neste ano, ante os R$ 43 bilhões
movimentados no ano passado. O avanço é puxado pela maior demanda
tanto por aumento do preço de insumos quanto por ampliação de
área.
Na avaliação de França, atualmente a boa remuneração da
atividade agrícola é o maior motivador para o produtor buscar novos
equipamentos e investir em ampliação de área e produtividade. Os
bons preços das commodities agrícolas, segundo ele, superam outros
fatores negativos, como o elevado custo de produção. “O aumento do
custo dos insumos talvez seria inibidor de investimento, mas as
commodities estão em patamar que remuneram bem o produtor, o que
faz com que continue investindo na propriedade”, explicou.
Este retorno satisfatório da atividade agrícola, avalia França,
compensa também os juros elevados, que encarecem o crédito e,
consequentemente, o custo de produção. “Quando você tem um bom
retorno do campo, a taxa de juros ainda é suportável. Hoje, sem
nenhuma linha de subsídios , as taxas variam de 15% a 17% ao ano e
se o retorno está acima de 30%, o produtor ainda consegue financiar
máquinas e equipamentos novos”, pontuou o executivo. Em relação às
indefinições quanto ao Plano Safra 2022/23, válido a partir de 1º
de julho, França acredita que a política de crédito agrícola do
governo federal deve ser definida nos próximos 15 a 20 dias. “O
governo vai trazer melhores condições possíveis para atender parte
da demanda do setor do agronegócio , de cerca de 50% a 60% com
crédito subsidiado. Os bancos também vêm aumentando o portfólio com
recursos livres”, pontuou França.
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