CVM abre processo administrativo após vazamento sobre a demissão do general Joaquim Silva e Luna do comando da estatal
March 30 2022 - 9:31AM
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo
administrativo na segunda-feira, 28, após o vazamento de
informações sobre a demissão do general Joaquim Silva e Luna do
comando da Petrobras 9BOV:PETR3) (BOV:PETR4). A informação da
demissão circulou com o mercado de ações aberto, sem que a
companhia tivesse se manifestado publicamente sobre o assunto.
O processo trata da supervisão de notícias, fatos relevantes e
comunicados e foi iniciado pela Superintendência de Relações com
Empresas (SEP), que deve analisar os fatos recentes. Como a
Petrobras é listada em bolsa, seus movimentos precisam ser
comunicados simultaneamente a todo o mercado, para não configurar
vazamento de informação.
Há cerca de um ano, a CVM abriu processo semelhante um dia após
o presidente Jair Bolsonaro anunciar, pelo Facebook, a indicação do
general Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro de
administração e de presidente da estatal para o lugar do então
comandante da estatal, o economista Roberto Castello Branco, hoje
conselheiro de empresas.
Procurada para comentar a abertura de processo, a CVM informou
que não comenta casos específicos. A autarquia pode abrir processo
quando entende que precisa acompanhar os desdobramentos de algum
assunto ou quando emite ofícios solicitando esclarecimentos. Os
processos podem evoluir para uma apuração mais aprofundada ou serem
encerrados, caso a caso.
“Conforme é possível verificar no site da CVM, trata-se de
processo administrativo, do tipo supervisão, aberto no âmbito de
notícias, fatos relevantes e comunicados relacionados à referida
companhia. A CVM não comenta casos específicos”, informou a
autarquia.
Desde o ano passado a CVM abriu dez processos envolvendo
notícias da estatal. Parte desses processos está relacionada a
declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a política de preços
da estatal e outros temas, como a de que a privatização da
Petrobras “entrou no radar”, de 27 de outubro do ano passado.
Somente neste ano são três processos abertos.
O Ministério de Minas e Energia confirmou na noite de ontem a
indicação de Adriano Pires para suceder o general Silva e Luna no
comando da Petrobras. O ministério informou ainda que foram
indicados seis nomes pela União – como acionista controladora –
para compor o conselho de administração da companhia. A assembleia
será realizada em 13 de abril.
Informações Broadcast
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